sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PSD, CDS e PS Não deixam resolver o problema de financiamento da empresa Metro do Porto e impedem o avanço de novas linhas

PSD, CDS e PS Não deixam resolver o problema de financiamento da empresa Metro do Porto e impedem o avanço de novas linhas

Foi hoje a votação na Assembleia da República o Projecto de Resolução do PCP que "Recomenda uma profunda alteração no financiamento da empresa Metro do Porto, SA que permita o relançamento faseado da 2.ª fase da rede do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, incluindo a extensão da Linha Verde, entre o ISMAI (Maia) e a Trofa".

Com esta iniciativa, ficou provado que o ruinoso modelo de financiamento do Metro do Porto não é nenhuma fatalidade. Há soluções, é possível a comparticipação de fundos comunitários para o desenvolvimento do projecto e para assegurar a ligação entre ISMAI e a Trofa, há mais de uma década prometida e sucessivamente adiada.

Contudo, a maioria de direita que sustenta o governo (PSD e CDS) chumbou as propostas apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PCP, impedindo a resolução de um problema fundamental ao desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto e à superação dos enormes problemas de mobilidade que persistem.
O PS, refém das suas responsabilidades passadas, deu o seu acordo à integração da linha da Trofa na segunda fase, mas absteve-se na votação das medidas que apontavam as soluções para os problemas de financiamento.

Com esta posição, PSD, CDS e também o PS, mostram como continuam a enganar o povo, prometendo uma coisa em campanha eleitoral e fazendo outra na Assembleia da República.
O chumbo desta proposta tem como consequências o não avanço de novas ligações, o agravamento dos problemas financeiros da Metro do Porto e a prazo o aumento dos custos para os utentes.
Esta opção política do PSD, do CDS e do PS tem um objectivo claro: preparar a empresa para a privatização, mesmo que isso signifique pior serviço público, mais custos para o Estado e para os Utentes e prejuízo no desenvolvimento regional.

A DORP do PCP considera que este não é um assunto terminado, apelando ao protesto das populações e dos autarcas. Da nossa parte, tudo faremos em defesa deste projecto e do desenvolvimento da região e do país.

Porto, 30 de Setembro de 2011
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP

Ainda sobre a Escola de Cidai

Ainda sobre a Escola de Cidai

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Face à demagogia dos nossos autarcas

Denunciar os responsáveis pelo encerramento da Escola de Cidai

Na última edição deste jornal era dado destaque ao encerramento da Escola de Cidai. Quem leu a notícia pode ter ficado com a ideia que a escola foi encerrada contra a vontade da Câmara (PS) e contra a vontade da Junta (PSD), mas não. Nem a Câmara, nem a Junta, nem os seus presidentes, nem o PS, nem o PSD… e nem o CDS estão contra o encerramento da Escola de Cidai!

Eu passo a explicar melhor. Em Novembro de 2006, numa reunião extraordinária da Assembleia Municipal da Trofa, foi discutida e votada a Carta Educativa da Trofa. Esse documento previa o encerramento desta escola. Na altura de votar, apenas a CDU esteve contra! O próprio presidente da Junta de Santiago de Bougado votou favoravelmente este documento. Tal pode ser verificado na minuta da acta dessa reunião disponível para consulta em http://www.mun-trofa.pt/filecontrol/site/Doc/Carta_Educativa_%20global.pdf

Ao quererem centrar a discussão na existência de um aviso prévio, os autarcas do concelho estão a desviar a discussão do mais importante, querem passar por cima das suas próprias responsabilidades neste desfecho.

Além da denúncia da “demagogia barata” da presidente da Câmara e do presidente da Junta, há ainda duas outras questões que me merecem comentário.

A primeira questão prende-se com as consequências do sucessivo encerramento de serviços públicos (escolas, centros de saúde, maternidades, serviços de urgência, repartições de finanças…). Esta “política do encerramento”, que tem sido executada pelos governos do PS e pelos governos do PSD/CDS, tem maiores consequências junto das famílias mais carenciadas, que têm menos recursos para se deslocar ou para aceder ao sector privado. É uma expressão da injustiça social desta política.

O outro comentário que quero fazer a propósito deste assunto é sobre a “falta de memória” e o tratamento dado a matérias de grande relevo. É estranho que se faça uma notícia sobre este assunto, com chamada de primeira página, sem qualquer trabalho de pesquisa em relação ao que o próprio jornal já escreveu sobre do assunto.

Como é possível dar uma notícia destas sem dizer que nem Joana Lima, nem António Azevedo contrariaram esta decisão quando ela foi programada há cinco anos atrás?

Só para avivar memórias, na edição de 23 de Novembro de 2006 deste Jornal, eu escrevi que “Do documento que a Câmara levou à discussão há alguns aspectos que me parecem do maior relevo e que merecem ser do conhecimento de todos os trofenses, nomeadamente:

- encerramento de escolas no concelho. Está previsto o encerramento de duas escolas em Santiago de Bougado: a escola da Lagoa e a escola de Cidai.

Se no caso da Lagoa, os alunos poderão ser acolhidos na futura escola integrada que se prevê construir naquele lugar, já as crianças de Cidai passarão a ter que percorrer dois ou três quilómetros até à futura escola.

Acresce a isto o facto de a Câmara ter gasto recentemente dinheiro em obras nas escolas que agora propõe fechar!

Mais palavras para quê?


excerto do texto de opinião publicado n`O Notícias de Trofa de 15/09/2011