Nem a caricata situação de se convidar os partidos derrotados para fazer governo parece ser motivo para se ouvir as partes, para se fazer debates, para se denunciar este "golpe de estado" promovido pela dupla Ramos Horta/Xanana Gusmão.
De tudo o que se passa surgem imagens esporádicas nas televisões sobre "cenas de violência" que espelham a "instabilidade" que se vive em Timor.
Para fugir à monotonia noticiosa do nosso Portugal, o Avante vem publicando vários artigos todas as semanas sobre a situação vivia em Timor, cá fica o último:
Violência regressa a Timor
Fretilin devolve acusações
A Fretilin condenou, domingo, a violência crescente em Timor mas rejeitou as acusações de levantamento armado no país.
Em comunicado divulgado pelo vice-presidente da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), Arsénio Bano, o partido vencedor das últimas legislativas no país condena «qualquer acto de violência» e apelou aos «nossos partidários» e aos «de outros partidos» para que «exerçam o respectivo direito legal de se manifestarem» de forma pacífica.
Quanto aos rumores de um levantamento armado em Timor-Leste promovido pela histórica formação da resistência maubere, Bano rejeitou as acusações e disse que tal boato é um exagero lançado pelos inimigos da Fretilin, os mesmos que impediram o partido de assumir a liderança do governo de Díli, agora chefiado por Xanana Gusmão.
Prontos a trabalhar com a ONU
No comunicado, Arsénio Bano esclareceu ainda que a Fretilin está empenhada em cooperar com as investigações das forças das Nações Unidas destacadas no território, a UNPol e a ISF. Em causa está um pretenso ataque, sexta-feira da semana passada, contra uma caravana de «capacetes azuis».
Não obstante, Bano sublinhou que o conflito teve início quando a UNPol decidiu acabar com um protesto popular começando por arrancar cartazes e bandeiras da Fretilin, prática que, disse ainda, revela uma violência contra membros da Fretilin que não é uniforme quando comparada com protestos de membros de outros partidos.
«A UNPol e a ISF permaneceram sentadas e não fizeram nada para acabar com meses de violenta e perseguição contra os partidários da Fretilin em Ermera e em outros lugares no ano passado», disse Bano.
Dados oficiais dizem que a UNPol já deteve desde o início dos protestos mais de 30 pessoas. O incidente mais grave ter-se-á registado em Baucau quando um grupo de cem jovens invadiu o convento local e violou várias menores. O responsável do orfanato, Basílio Maria Ximenes, disse «acreditar» que o grupo criminoso era composto por apoiantes da Fretilin, mas em declarações à Antena 1, a porta-voz da polícia das Nações Unidas, Kedma Mascarenhas, não confirmou a versão do eclesiástico referindo-se a confrontos entre grupos rivais nas imediações do convento sem «feridos entre as mulheres e as crianças».
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