A importância da construção da
Variante à Estrada Nacional 14 (EN14) é assumida pela generalidade
dos partidos políticos, por autarcas, pelas populações e forças
vivas dos vários concelhos envolvidos. Há anos que é assim, mas há
anos que se espera pela solução deste problema que estrangula o
trânsito no centro da Trofa, dificulta o desenvolvimento económico
e inferniza a vida a muitos dos que têm que atravessar esta estrada
para as suas deslocações diárias.
Ao longo dos últimos vinte anos,
candidatos e dirigentes partidários dos vários quadrantes políticos
vieram à Trofa dizer que concordavam com a necessidade de construção
da variante. Alguns diziam até que achavam urgente a sua construção.
Perante estes factos, seria de esperar que fosse fácil solucionar o
problema. Mas tal não tem acontecido por evidente falta de vontade
política.
Em anos sucessivos, o PCP apresentou
propostas de inclusão de verba para a construção da Variante à
EN14 mas ela foi sempre chumbada. Com uma particularidade, quando o
governo era do PS, o PSD e o CDS às vezes votavam a favor (chegaram
mesmo a apresentar propostas próprias de atribuição de verbas) com
a maioria PS a chumbar.
Quando o governo era do PSD/CDS, o PS
às vezes votava a favor da proposta do PCP (e penso que também
chegou a apresentar uma proposta) mas o PSD e o CDS chumbavam.
Nos últimos meses, autarcas e
dirigentes do PSD/CDS andaram a prometer fundos comunitários para a
construção da Variante, mas o governo desses mesmos partidos
“tirou-lhes o tapete” e recusou o que parecia consensual e
evidente.
Agora, a Variante à EN14 volta para a
ordem do dia. Será discutida na Assembleia da República no dia 7 de
Janeiro, com previsível votação dos projectos de resolução sobre
o assunto no dia 9 de Janeiro.
Há Projectos de Resolução
apresentados pelo PCP, pelo PSD e pelo PS. Todos eles serão
discutidos e votados.
Todos estes três Projectos de
Resolução têm considerandos convergentes. Mesmo na parte
resolutiva há uma convergência ao recomendarem ao governo a
construção da Variante à EN14. No entanto, o PCP é o único que
vai além de uma recomendação ao governo, apontando a necessidade
de definir desde já um calendário que garanta o início da
construção durante o ano de 2015.
Se o PS e o PSD/CDS querem, finalmente,
que a Variante avance, têm que aprovar o Projecto de Resolução do
PCP e pôr em marcha os trabalhos para a concretização desta obra.
Sem mais desculpas, sem mais adiamentos, independentemente de
mudanças de governo que espero sinceramente ocorra o mais breve
possível.
Da parte do PCP não há equívocos nem
mistificações. Queremos que a variante comece a ser construída
este ano. E os outros?
(texto publicado n`O Notícias da Trofa em Janeiro de 2015)
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