sábado, 22 de março de 2008

Os números da precariedade

  • Construção civil 80% de trabalhadores são precários.
  • Nos centros comerciais 40% dos trabalhadores são precários, havendo alguns em que este valor ultrapassa os 60% (caso do Dolce Vita, junto ao Dragão).
  • Nos call centers (telecomunicações) 40% do trabalhadores são precários.
  • 30% a 40% dos enfermeiros nos grandes Hospitais estão com vínculo precário.
  • Os Hotéis do norte do país com menos de 3 anos têm 80% dos trabalhadores precários.
  • 95% dos trabalhadores das cantinas escolares no distrito do Porto são precários, alguns dos quais com contratos de 15 dias.

Acresce a esta triste realidade o facto de 70% dos desempregados terem qualificações inferiores ao 9º ano de escolaridade e 50% não têm acesso ao subsidio de desemprego por força das alterações recentes à Lei.

Com esta realidade, de que país falou Socrates no comicio do PS no passado dia 15 de Março?

6 comentários:

Anónimo disse...

o país vai de mal a pior

Há_Dias disse...

defina-se vínculo precário por favor!!! Entendo a ideia, mas o significado faz-me confusão!!!

Jaime Toga disse...

Trabalho precário... há mais de 20 "formas de trabalho precário". As mais frequentes são os contratos a termo, o trabalho temporário e os recibos verdes (muitos dos quais falsos).
Com que segurança um jovem pode hoje pensar em ter a sua propria casa, carro, familia... a qualquer momento pode estar no olho da rua sem qualquer indemnização.

é isto justo?

Unknown disse...

Justo não o é, mas a verdade é que, hoje em dia, é muitas vezes a única forma de um recém licenciado conseguir emprego.

A alternativa são os estágio de 3 a 6 meses não renumerados e, muitas vezes, sem qualquer garantia de se ficar na empresa após o fim do estágio.
Para quem já esteve nessa situação, como é o meu caso, estar actualmente a recibos verdes com um contracto de 6 meses a receber razoavelmente bem, parece-me uma óptima opção (comparada, obviamente, com o desemprego a termo incerto).

O problema de fundo não é o trabalho precário, mas sim as leis laborais, inseridas na flexi-segurança, aprovadas pelo actual executivo.

Há_Dias disse...

Penso que o comentário anterior diz tudo!!! Não é justo, mas por vezes é o que temos.

Jaime Toga disse...

Pois, e é por estarmos de acordo com o facto de não ser justo que lutamos para acabar com isso.