sexta-feira, 6 de junho de 2008

O Metro para a Trofa

Há dias a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP emitiu um comunicado criticando a eventual opção pela não duplicação da linha do Metro para a Trofa (ver aqui).
Hoje o deputado Jorge Machado questiona o Governo sobre o mesmo assunto, numa pergunta que transcrevo de seguida:
Recentes notícias vindas a público dão conta que é intenção do Governo não permitir a construção, em via dupla, da linha do metro até ao Concelho da Trofa.
No primeiro trimestre de 2006 a Metro do Porto tornou público um estudo que comprovava a necessidade de construir esta ligação em via dupla.
Esta linha, que tem um número significativo de potenciais utente (o transporte alternativo, sendo pouco atractivo, tem cerca de 15 mil validações mensais), apenas é rentável e atractiva para os utentes, caso seja permitida a construção da via dupla.
A persistir no erro, o Governo vai criar uma linha de metro que não é rentável, não é atractiva e que vai implicar que uma deslocação da Trofa até a cidade do Porto demore mais de 1 hora de viagem. Importa referir que a actual viagem de comboio demora cerca de 30 minutos.
Assim ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações o seguinte:

1.º Confirma este Ministério esta informação?
2.º Que razões justificam esta decisão?
3.º Tendo em conta que a viagem Trofa – Porto, se feita em via única, pode demorar mais de uma hora, quantos passageiros estima o Governo utilizarem esta linha e qual e sua rentabilidade a médio e longo prazo?

Enquanto o PCP luta pela Trofa, mesmo fora da campanha eleitoral, o PS está cúmplice desta artimanha e o PSD (através do presidente da camara) parece descansado no acordo de Junho de 2007.
Contudo, o acordo de Junho de 2007 já previa que o metro não tivesse via dupla. Na altura, o PCP fez a denuncia, mas Joana Lima (PS) e Bernardino Vasconcelos (PSD) desvalorizaram e apenas se preocuparam em colher os louros de um péssimo acordo!

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